Categoria: Artigos de Opinião

29/08/2018

Para uma infância saudável e equilibrada há uma série de atividades que são essenciais, desde as tarefas mais rotineiras do dia-a-dia até à prática desportiva.

Hoje, ao contrário do que acontecia há umas décadas, as crianças e jovens não passam horas intermináveis a brincar na rua, muitas vezes, nem a pé vão para a escola e, regra geral, começam mais tarde a ajudar nas tarefas domésticas. Como tal, é fundamental encontrar alternativas para que se mexam e gastem energia!

A prática desportiva surge como uma forma de proporcionar um nível de atividade física que, antes, era naturalmente mais compatível com aquele que, todos, deveríamos ter para uma vida mais equilibrada.

Os benefícios do desporto para o desenvolvimento da criança são inúmeros, já que implica um conjunto de movimentos estruturados e repetidos, cujo objetivo é a melhoria da aptidão física.

Logo, a prática desportiva está, sem dúvida, associada a um aumento do bem-estar físico, mas também, psíquico, social e neuro-cognitivo, uma vez que é  necessária a aprendizagem do respeito pelas regras e pela partilha de responsabilidade, sem esquecer que a disciplina individual e coletiva, inerentes ao desporto, também promovem a autoconfiança.

De salientar que, na infância, a  atividade desportiva deve ser sobretudo lúdica e estar associada ao prazer, características que irão facilitar a adesão da criança.

Aos pais cabe-lhes a responsabilidade de tentar encontrar uma modalidade que vá ao encontro da idade, especificidade e gosto particular de cada filho, de modo a tornar a prática desportiva uma fonte de motivação, prazer e saúde!

Sintricare

16/08/2018

Agosto… tempo de férias! Para nós, é tempo de preparar o próximo ano letivo.

Ideias a borbulhar… Onde podemos melhorar? Que projetos lançar? Papéis, burocracias, ajustes, programação, agendar, redes sociais, lançamentos… uffffa!!!

E tempo?!

Quem trabalha, em especial com crianças e jovens, tem que ser criativo, reinventar-se a cada ano, atualizar-se, perceber e dar resposta às necessidades das famílias… mas tem que digerir, assimilar, criar, equilibrar-se e existir, cuidando-se…

Quando nos perguntam se vamos de férias, costumamos dizer, a brincar, que tiramos férias por umas horas! Mas, nessas horas, tem que haver qualidade!

Um dos próximos projetos da Sintricare é “Ai o Meu Filho”, dirigido aos pais e onde, este ano, abordamos as seguintes temáticas: “Ensinar o seu filho a estudar”, “Pré adolescência”, “Adolescência”, “Separação/divórcio”, “Como lidar com os medos – ansiedade” e “Como lidar com as zangas/raiva/birras/comportamentos”.

Estes encontros temáticos realizam-se ao longo do ano letivo, entre as 19 horas e as 20h30 de algumas segundas-feiras que, oportunamente, comunicaremos quais são.

Temos um denominador comum em todos os nossos projetos, assim como, ao longo de todos os anos da Sintricare: Cada um, é um ser único e especial!

E, nem de propósito, ao reler uma passagem de um dos livros de Augusto Cury, fixei-me numa das suas afirmações:
“Os bons filhos preparam-se para o sucesso, os filhos brilhantes preparam-se para enfrentar derrotas e frustrações”.

Refleti sobre a profundidade desta afirmação… Todos nós queremos que os filhos tenham sucesso, sem dúvida! Proporcionamos-lhes tudo o que está ao nosso alcance e, por vezes, com muito sacrifício…

O que leva – e como leva! -, na sua maioria (não gosto nada de generalizar), a sociedade de hoje – que somos todos nós – a não preparar os filhos para estas vivências, que são impulsionadoras da criatividade, da superação, da força, da atitude…

Cada um de nós terá a sua realidade e verdade… fazemos o melhor que sabemos!

Com consciência, podemos chegar tão longe e criar filhos tão mais felizes e capazes!!!

Queremos contribuir para encontrar um caminho em conjunto!

Além dos encontros para pais e educadores, vamos também realizar vários workshops para pais e filhos: Iniciativas dinâmicas, criativas e abertas, com o intuito de vos ajudar com sugestões e ideias.

Informem-se! Estejam atentos à nossa agenda!

Cristina Santos

02/08/2018

A vida acontece, a cada segundo, plena de intensidade e momentos únicos. Desenvolver a capacidade de celebrar o facto de estarmos vivos é um passo crucial para a felicidade.

A ideia não é, obviamente, fazer uma festa quando algo menos bom nos deita abaixo, mas antes, tentar encontrar uma perspetiva positiva em tudo. Por mais dramático que determinado acontecimento seja, acaba sendo sempre, também, uma oportunidade de aprendizagem.

O truque é perspetivar tudo o que nos acontece. E, sem dúvida, descobrir como celebrar a dádiva tremenda de podermos estar, aqui e agora, connosco próprios ou com quem mais amamos, neste planeta cuja beleza nos dá tantas razões para pasmar.

Contemplar a infinita perfeição da natureza, por exemplo, e escutar, sentir e olhar cada detalhe com mais plenitude é, por si só, uma forma de celebração. Um meio de nos alinharmos com o milagre da vida, que segue curso indiferente aos contratempos da existência.

Depois, mais do que os ciclos naturais, há sempre aquelas etapas marcantes, incontornáveis em cada percurso, que gritam celebração!

É o caso do curso ou projeto que se conclui, depois de tanto esforço. As vitórias dos filhos ou dos pais, a conquista tão desejada dos cônjuges ou, simplesmente, o aniversário de quem anima o nosso mundo.

Mais do que pelo acumular de coisas, a felicidade é feita de vivências. Tece-se em frações de experiências únicas, sobretudo quando são ao redor de quem se ama. E, um dia, serão elas que darão lugar às doces memórias.

Encontrar o espaço, o tempo e o ritmo certo para cada tipo de celebração, neste mundo acelerado em que vivemos, é meio caminho andado para treinarmos a atenção… para que nunca se esqueça de focar no manancial de positividade que existe na vida e na nossa existência.

Aprender a celebrar pode ser, realmente, meio caminho andado para a felicidade!

 

Sintricare

04/07/2018

Há muito tempo atrás ouvi a frase “as pessoas não mudam, revelam-se”. O facto de uma pessoa mudar ou não, seja o seu comportamento, atitudes, forma de lidar com os outros, sempre obteve algum fascínio por parte do ser humano. Nas relações pessoais queremos sempre entrar no entendimento do outro e, quem sabe, moldá-lo para aquilo que queremos ou precisamos. Quando as pessoas têm tendência para nos magoar, elas revelam-se e, aparentemente, revelam o seu pior. A própria frase parece ser revestida de alguma negatividade e fatalismo. Como um fado na defensiva.

Depois ouvi que, de facto, o ser humano não muda, que a personalidade tem elementos fixos. No entanto, estamos claramente sob a influência do mundo externo, e por isso aprendi a frase: “as pessoas não mudam, adaptam-se”. Numa relação a dois o tempo ensina-nos a flexibilizar as nossas opções, atitudes e comportamentos. E aqui é importante perceber aquilo que por vezes pode ser uma ténue diferença entre adaptação ao outro e perda de individualidade. No fundo não deixamos de ser nós, mas ao procurar a adaptação plena, ao procurar que o outro goste de nós, transformamo-nos naquilo que o outro quer. Por momentos deixamos de ter a nossa identidade, desenvolvem-se relações co-dependentes. Mas a identidade está lá, embora não haja provavelmente mudança, existirá talvez uma amnésia seletiva de comportamentos. Uma escolha que se torna pesada com o tempo e uma pele difícil de despir. No lado saudável, uma boa adaptação pode promover uma grande harmonia que faz com que as pequenas coisas não se transformem em grandes batalhas.

Depois ensinaram-me outra frase: “se as pessoas não mudam, mudamos nós”. E mudar o quê? Simplesmente mudar a forma como lidamos com a não mudança do outro. E aqui podem existir tantas formas. A melhor é claramente encontrar paz dentro de nós e não permitir que as poluídas não mudanças do outro nos afetem. Se o outro continua no seu registo, se já gastámos as palavras a tentar fazer ver outros pontos de vista, se já tentámos ajudar vezes sem conta e os mesmos erros continuam a ocorrer, então é hora de aceitar. Mudamos a nossa perspetiva, aceitando que o outro é como é. Aceitar a sua infelicidade, os seus insucessos e permitir que eles fiquem com o seu dono que, aparentemente, não se quer livrar deles, ou ainda não está preparado para o fazer. Se calhar o medo de ficar vazio é tão grande que assim sempre têm alguma coisa…

Ana Caeiro, Psicoterapeuta em Biossíntese

31/01/2018

Dizem que chorar lava a alma, mas também dizem que os homens não choram. Diz-se muito daquilo que se sente. Assim que nascemos temos de chorar, para depois aprender a não o fazer. Aprendemos que essa é uma fragilidade que devemos esconder numa gaveta, junto com as lamechices, os corações cor-de-rosa, as festinhas e o “amo-te”.

Tal como tudo aquilo que podemos fazer como seres humanos otimizados que somos, o choro tem uma função, é importante. Da mesma forma que o medo tem uma base funcional importante na nossa vida, o choro é também essencial e não deve ser contido ou controlado. O problema surge quando aprendemos a lidar incorretamente com esta função que o nosso corpo sabiamente desenvolveu.

Saímos do túnel escuro ontem estivemos mais de 9 meses e todos os seres estranhos e de batas brancas que estão neste espaço tão iluminado ficam aliviados quando choramos. Depois deste momento, o choro é um aviso, uma arma e um problema. Servirá de termómetro enquanto os bebés vão crescendo. É uma arma quando o usamos como um meio para chegar a um determinado fim. É um problema porque se limitam as crianças desde bebés a não largarem as suas lágrimas, a não partilharem as suas águas com o mundo. Faz barulho. Não nos deixa dormir. Mostra fragilidade. Entre outras e outras e outras.

Passamos uma vida a não chorar. Contemos. Engolimos as emoções porque não é bonito mostrar. Então elas ficam, com armas e bagagens na nossa barriga que às vezes incha voluptuosamente, deixando antever um mar de sentimentos engasgados.

Quando decidimos olhar para nós, seja em terapia ou em trabalho de desenvolvimento pessoal, temos de olhar para esta nossa barriga. É preciso fazer abdominais emocionais para deixar sair aquilo que já não nos serve e que não conseguimos guardar mais. Mas estes abdominais são mais difíceis que os normais. Mais do que ao corpo, fazem doer a alma. Ou assim parece.

É por isso que os primeiros choros da vida adulta são insuficientes. Não são conectados, não lavam a alma e deixam-nos zonzos com a respiração que se (re)estabelece e com o chute de energia que sobe à cabeça e aos olhos em particular. Não choramos com a barriga e a descarga é falsa: há apenas a movimentação de alguma tensão de um lado para o outro no corpo. Mas nesta fase podemos continuar desconectados mas há o ressurgimento de uma vontade de olhar de uma forma diferente.

É quando mergulhamos intensamente em nós que navegamos na possibilidade de nadar nas nossas lágrimas: o choro é conectado e vem dessa barriga tão cheia que precisa de extravasar, mas delicadamente, pulsando lágrima a lágrima em cada inspiração e expiração.

Ana Caeiro, terapeuta em biossíntese.

04/01/2018

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A maioria das vezes, quando iniciamos um novo ano, os nossos desejos são formulados ao redor do pensamento cliché de que com saúde – e já agora dinheiro no bolso – tudo se resolve!

Pouco refletimos sobre o que assim estamos a desejar de forma tão automática e ficamos sem entender o que queremos verdadeiramente.

Se pensarmos bem, nem mesmo a saúde e o dinheiro nos trazem paz, por isso, aqui ficam algumas sugestões de resoluções que podem melhorar a nossa vida neste início de 2018:

  1. Liberdade interna
    A liberdade é algo diferente da sensação que temos quando viajamos para algum destino paradisíaco, fazemos o que nos dá na vontade ou até mesmo da euforia que sentimos por não receber ordens.

Mesmo quem vive de um lado para o outro com uma mochila às costas, por exemplo, pode estar tão asfixiado como um workaholic de uma multinacional. E até mesmo quem tem como objetivo praticar o “bem” na vida pode estar tão preso nesse guião como a pessoa com maior má vontade do mundo!

A liberdade é um tipo de capacidade que nos permite deliberar com o mínimo de condicionamentos restritivos.  Aproxima-se mais da habilidade de deitar por terra aquela tentativa da nossa mente de solidificar a vida num frasquinho de certezas. Que tal começarmos a trabalhar nisso este ano?

  1. Desejos mais conscientes
    Se obedecêssemos de imediato aos seus desejos seríamos presas fáceis do egocentrismo, da arrogância, do consumismo, da gula ou, até mesmo, da necessidade compulsiva de apregoar a paz na Terra, afastando os amigos com a nossa atitude chata (!).

Do mais fútil ao mais altruísta, qualquer tipo de desejo que passe invisível ao radar do consciente irá levar-nos, inevitavelmente, de objeto de desejo em objeto de desejo, só para que fiquemos satisfeitos. E o resultado será apenas mais insatisfação.

  1. Capacidade de gerar felicidade
    Viver num ambiente onde a ternura abunda é até fácil, mas conseguir cativar um sorriso genuíno de alguém parece ter um efeito reverberante muito mais poderoso. Esta cadeia de cuidados e olhar atento ao caminho do outro cria um ciclo positivo de manifestações de carinho coletivo.

Ao nosso redor todos agradecem, sobretudo, quem mora connosco!

  1. Resiliência para os dias difíceis
    Cada ano traz novas oportunidades para nos agarrarmos àquilo que consideramos que nos fará felizes, mas esconde uma grande dose de sofrimento pelo apego.

O desafio é perceber que estamos idolatrando mais do que deveríamos, de modo a conseguirmos resistir ao impulso de ficarmos aprisionados na nossa própria alegria e, assim, incapazes de usufruir da vida com leveza.

Ao conseguirmos resistir ao impulso de ficarmos fechados numa ideia, lugar ou pessoa, os dias difíceis tendem a ser muito mais fáceis.

  1. Capacidade de negociar com os próprios desejos
    Se o nosso desejo é ter muito dinheiro no bolso, por exemplo, pode acontecer que nem toda a fortuna do mundo seja capaz de saciar o nosso desejo.

É fulcral que sejamos capazes de nos sentir bem com o que conseguimos, mesmo que não conquistemos tudo o que desejámos.

  1. Saber reconhecer os movimentos internos
    É fundamental que cada um de nós consiga desenvolver a capacidade de ter um GPS interno, que nos guie nas rotas pessoais. Aquela voz interior que nos ajuda a não nos perdermos de nós próprios, seja com atitudes impulsivas, reativas ou que estejam desconectadas dos nossos valores internos.

Saber mergulhar dentro de nós, antes de tomarmos grandes ou pequenas decisões de cabeça quente, é fundamental para não fechar portas ao nosso caminho.

  1. Lidar com a incompletude da vida
    Um passo importante é lidarmos com o facto de que sempre existirá uma dimensão de incompletude na vida. Na verdade, tornamo-nos num poço de inconformismo e insatisfação quando ainda mantemos a esperança de algum dia isso ser saciado.

Encarar a realidade da vida é imperioso: Em momento algum chegaremos ao topo da montanha, uma vez que, na vida, não há topo, nem montanha!

  1. Parar de sonhar com realidades mágicas
    Uma realidade mágica é tudo aquilo que nos causa angústia só de pensar, por ser muito grande, desprovido de senso de realidade e estar fora de nossa área de influência.

É importante tentar olhar ao redor e reconhecer a beleza que já existe na nossa vida, mesmo que seja numa porção fragmentada, manca, incompleta, estranha e contraditória.

  1. Assumir que nada acontece sem se lidar com o medo
    A concretização de uma meta estipulada não vai salvar a nossa alma e o nosso ano. Insistir nisto impele-nos a aprender a conviver com o medo constante do fracasso, da perda, do desapontamento, da rejeição e do “quase”.

Ao desejarmos garantias absolutas e nenhum medo, apenas estamos a mostrar que não entendemos nada sobre atingir metas. Aquilo que consideramos que desejamos mais do que tudo só tem essa magnitude pois está fora da nossa zona de conforto.

  1. Parar de considerar que as listas são autorrealizáveis
    As listas onde enunciamos os nossos objetivos ainda não têm o poder de se realizarem apenas porque sentimos do fundo do coração que “é agora”!

Para concretizar cada item, é preciso pequenas doses de treino diário. São posturas mentais, não treino físico, mas que exigem a mesma disciplina que para terem resultado. Apenas a boa vontade não resolve nada.

De acordo com a lista de cada um, devemo-nos sempre questionar: Vou realmente limitar-me a isto? O que realmente desejo? Posso facilitar a vida de alguém? Estou preso ao meu sofrimento? Estou conectado aos meus valores? O que se passa dentro de mim? O que não aceito nesta vida? Estou a olhar para demasiado longe de mim? Posso lidar com este medo?

Feliz ano novo!

* Adaptado de um artigo da autoria de Frederico Mattos, publicado no site brasileiro Papo de Homem.

13/12/2017

No passado dia 8 de dezembro reunimos na Sintricare para falar da relação que temos connosco. Falámos de autoestima, amor-próprio e autocompaixão. O encontro começou com uma questão: qual é o melhor momento da nossa vida? Quando eramos bebés e sem preocupações? Quando somos jovens adultos, cheios de energia e a ganhar independência financeira? Cada fase tem desafios.

Assim, o maior desafio que temos nas nossas vidas pode não ser atingir a felicidade, mas sim estarmos na melhor fase das nossas vidas, precisamente no momento em que nos encontramos, com tudo o que isso traz. Sejam encontros ou desencontros. E a relação que temos connosco é a base de tudo isso.

Na perspetiva apresentada, a autoestima foi definida como forma de valorização pessoal e enquadra a forma como olhamos para nós, como nos cuidamos e estimamos. É como que uma avaliação subjetiva que fazemos a nós próprios e que pode ser positiva ou negativa. O amor-próprio define a relação connosco, o quanto nos amamos ou não… A autocompaixão reside na base destas duas dimensões e é acedida quando estas estão equilibradas.

Antes de referirmos o que é a autocompaixão, sublinhámos neste encontro aquilo que não é: egoísmo, exigência, piedade, fraqueza, pena, censura… A autocompaixão surge então quando encontramos um lugar de respeito por nós e onde podemos ser compreensivos, gentis, honestos connosco, com os nossos limites, sem nos sentirmos culpados e acima de tudo, sem crítica.

De facto, a autocrítica é a maior inimiga da autocompaixão e é muito importante observarmo-nos para identificarmos os nossos processos: quando é que pegamos no “chicote”? A partir daí, como é que podemos negociar connosco e evitar a autocrítica? Como podemos encontrar um lugar onde, contactando com o nosso lado saudável, podemos ouvir as nossas dificuldades, dar-lhes algum espaço, sem nos deixarmos levar por elas, como se fossem o canto da sereia?

Respeitar o nosso ritmo é fundamental, pois permite manter o nosso comboio a andar à nossa velocidade, sem ser empurrado pelas necessidades dos outros. E para isso é importante termos tempo para nós, respirar, fazer algo que gostamos, apreciar a vida, viver com prazer! Nem que seja um minuto por dia, aumentando sempre a fasquia. Quanto tempo a mais ganhamos no final do mês? Vamos tentar?

Ana Caeiro

29/11/2017

São seis da manhã e estou sentada na sala. O cavaleiro andante acordou-me.

Estava num cavalo branco no alto duma colina belíssima e a sua armadura brilhava ao sol.

Para mim este cavaleiro representa o Terapeuta.

O Terapeuta em Biossíntese é um cavaleiro andante, um artista que busca a perfeição.

Ele é doce e terno, forte e assertivo, resistente e frágil, flexível e seguro.

Ele dá ao seu cliente Amor e recebe Amor em troca.

Há muito conforto e afeto nesta relação. Ele dá tudo o que tem e recebe muito mais.

As trocas de energia “amorosas” são imensas e abrangem o Universo.

Por cada gesto, por cada troca entre paciente e terapeuta, sinto que o mundo se torna um lugar melhor e mais centrado.

Será que ainda vamos a tempo de o melhorar?

Sinto que sim e faz todo o sentido estar aqui e agora e fazer parte deste, cada vez maior, grupo de pessoas que lutam pelo Amor, Paz, Equilíbrio, Tranquilidade, Bem-estar interior.

Estas forças poderosas irão definitivamente deixar um mundo melhor para nós e para os que vierem!

Isto para mim é Biossíntese e é por isso que aqui estou e para isso que aqui estamos!

Leonor Braga

16/08/2017

Tem a certeza que vai de férias ou continua em modo de trabalho mas no formato mais cool?

Esta época pode proporcionar-nos momentos fabulosos de relaxamento e descanso, fundamentais para ganhar equilíbrio para o ano que se segue.

Se leva crianças, tente conseguir alguns momentos para si pois a sua disponibilidade será outra para elas!

De acordo com o gosto de cada um, temos que saber usufruir:

Se for no campo ou na serra, não faltam os sons da natureza, a partilha de um piquenique, uma sesta no fresquinho das árvores, uma caminhada… respire fundo e absorva a paz desse lugar!

Se for na praia, mesmo que seja num lugar mais frequentado… observe o ritmo do mar e a sua imensidão, caminhe com determinação na areia, sinta a textura e a temperatura, coloque um objetivo a alcançar na sua vida! Refresque-se e liberte-se!

Se for em viagem, tire fotos, passeie, caminhe, explore… mas não se esqueça de acordar os 5 sentidos para que mais tarde possa recordar através de um cheiro, de um sabor, de uma imagem …

Se ficar em casa, altere a rotina, permita-se ver um bom filme, fazer jogos, descansar, ouvir música, conviver com amigos, dar passeios… todas aquelas atividades que lhe deem prazer e que não consegue fazê-las em tempo de trabalho…

As crianças ficam felizes quando sentem que os pais estão felizes verdadeiramente!

Não façam das vossas férias mais uma correria constante!

Respeitem os ritmos, parem, usufruam, respirem… vivam o momento!

As crianças e jovens agradecem!

Cristina Santos

01/07/2015

O momento de contar uma história ao seu filho pode proporcionar grandes ganhos quer para a vossa relação afetiva, quer para o desenvolvimento verbal, emocional e psicológico da criança.

Uma história é um instrumento valioso, pleno de sensações, sentimentos, valores e ideias com uma bagagem emocional indispensável ao desenvolvimento intelectual.

Experimente algumas das seguintes dicas e disfrute de bons momentos em família:

1. Descubra quais as histórias que o seu filho mais gosta e respeite os seus gostos. Poderão numa loja de livros/ biblioteca descobrir o que mais lhe agrada.

2. Tente que a linguagem utilizada seja compreensiva.

3. Acompanhe a narração com mostras de surpresa; através da voz é possível transmitir sensações de alegria, de um certo temor, de expectativa, etc. Estas variações irão cativar a sua atenção e demonstra-lhes a nossa imersão na história, o que é diferente de uma leitura mecanizada.

4. Crie o hábito de contar uma história todos os dias. Existem vários momentos em que o poderão fazer, no entanto, uma história à hora do deitar poderá ser um bom momento relaxante.

5. Pode ir variando entre histórias de livros, ou da sua imaginação.

6. Pode utilizar objetos para enriquecer e variar uma história (por exemplo: uma bola que fala, um fantoche, etc.) ou ir acompanhando a história com sons que enriqueçam o que está a acontecer, sejam estas feitas através da voz, ou de livros/ brinquedos que têm já alguns sons para explorar (por exemplo: o som do vento, o som do cão, etc.)

7. Conte histórias adequadas à fase de desenvolvimento do seu filho. Não deverá ser de difícil compreensão, nem extremamente simples. Se tiver dificuldade em escolher os livros adequados, conte com a ajuda das educadoras ou professoras da sala do seu filho.

8. Deixe a criança observar as imagens do livro, enquanto lê a história.

9. Por vezes, poderá fazer algumas perguntas acerca do que está a acontecer na história, assegurando-se que está a ser compreendida.

10. Com as crianças que já iniciaram a aprendizagem da leitura e escrita, poderá combinar intercalar a leitura, enquanto o pai/ mãe lê uma página, o filho lê umas palavras, ou frases, dependendo do nível de leitura da criança.

11. Aproveite o momento da história e partilhem muitos momentos de boa disposição e cumplicidade.

“A história é o presente mais barato e precioso que os pais podem oferecer aos seus filhos”. (Alessandra Giordano)

Sandra Mendes