A facilitadora da Terapia para Animais da Sintricare, Anaísa Santos, deu recentemente uma entrevista à Notícias Magazine, a revista de domingo do Diário de Notícias, a propósito da psicologia especializada em comportamento animal.
A peça “Quando os Bichos se Deitam no Divã”, da autoria do jornalista Pedro Emanuel Santos, foi publicada a 17 de Junho e faz uma análise sobre o que é a terapia direcionada a animais, focando também nos benefícios desta técnica que, apesar de recente em Portugal, tem tido um crescimento considerável.
Como se pode ler no artigo, a «ideia central é revolucionar o comportamento de cães ou gatos mais agressivos ou que revelem sinais de stress que debilitam a sua saúde. Mas não só. A psicologia animal também pode ser aplicada, por exemplo, em cavalos ou coelhos. “Até em porquinhos da Índia”, exemplifica Anaísa Santos, da Sintricare, em Sintra, uma das primeiras especialistas em Portugal nesta matéria.»
A Terapia para Animais da Sintricare recorre a exercícios físicos específicos de concentração, equilíbrio e flexibilidade, entre outras ferramentas. Além de ajudar a alterar os comportamentos indesejados dos animais, também é benéfica para melhorar o relaxamento, a consciência e perceção corporal, a confiança, a atenção e concentração, bem como, o equilíbrio físico e emocional.
A mentora desta terapia da Sintricare, Anaísa Santos, é licenciada em Equinicultura, pela Escola Superior Agrária de Elvas (ESAE) do Instituto de Portalegre. Quando se focou na área do bem-estar e comportamento animal, apostou em formação na Terapia Bowen e no Método Tellington TTouch. É também pós-graduada em Comportamento e Bem-Estar Animal pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA).
“Quando os Bichos se Deitam no Divã” não está disponível online, no site deste órgão de comunicação, mas esta semana a revista ainda está nas bancas. Boa leitura!
Era véspera de Natal, dia 24 pela manhã, lá iam eles cumprir com aquela que já era uma tradição da mãe, com os seus filhos e sobrinhos.
Era aquele dia do ano que servia para reforçarem os laços e perpetuar as memórias para toda a vida.
Fizesse chuva ou frio, não era a intempérie que os impedia de fazerem aquilo a que se propunham todos os anos.
Iam com os corações cheios e o porta-bagagem com mantas, roupas, comida, flores…
Para contrabalançar o assalto aos centros comerciais, as compras, os doces, o corre-corre da época, eles moviam-se descompassados, dando tempo ao tempo, vivendo intensamente cada minuto daquele dia e absorvendo cada vivência.
Havia um roteiro pré-definido, em primeiro lugar iam aos cemitérios, onde cuidavam e colocavam flores nos familiares (bisavós, tias e tios) e amigos.
Só essa caminhada realizada entre o frio e o vento – onde habita uma estranha paz e se contavam histórias e se fortificavam as raízes – foi a forma que encontraram de prestar homenagem às suas vidas.
“Conta mais!” Diziam eles, com aquela curiosidade que carateriza as crianças. Via-se nos seus olhos que se construíam em cada memória, em cada história…
A Mãe acreditava que para sermos como árvores fortes que resistem às tempestades precisavam de conhecer cada fio da sua raiz, para que esta possa buscar o alimento que precisa para permanecer robusta e viçosa.
“A nossa vida faz parte de um sistema que se constrói a partir de cada antepassado, onde as suas histórias de vida, os seus segredos, as mortes precoces, a dor, as vitórias e conquistas… tocam no nosso eu…” Estas eram só algumas das muitas explicações que a Mãe dava e que os Filhos e os Sobrinhos escutavam como se escuta uma música que se gosta muito!
“É importante reconhecer a importância de cada pessoa da nossa família, mas chegou a hora de não nos esquecermos de todos os que sofrem e todos aqueles que abdicam das suas vidas para cuidarem dos enfermos e dos desfavorecidos…”.
Esta conversa antecipava a ida à porta do hospital, onde sempre faziam um minuto de silêncio (acabava por ser sempre mais), desejando e enviando toda a energia translúcida das suas almas.
Com sentimento de pesar por todos aqueles que não tinham a sua sorte, continuavam a viagem.
Quando as luzes de Natal já brilhavam nas ruas, entregavam cobertores, roupas quentes e uma pequena ceia a cada sem abrigo que encontrassem…
“Tia, tia, porque está a desfazer o bolo e a dar ao cão?” Perguntava o sobrinho muito triste, ao ver aquilo que entregavam com tanto amor ser dado ao animal.
“Sabes, as pessoas que vivem nestas condições já passaram por muito, é natural desconfiarem das nossas intenções, ou, quem sabe, se quis partilhar com o seu melhor amigo? “ Explicou a tia, duvidando da segunda opção.
Quando caía a noite, de regresso a casa, entre as luzes dos faróis que se cruzavam numa azáfama única, o silêncio imperava, mas o ruído dos pensamentos fazia sentir-se…
Já na consoada e em família, a Mãe sentia que o corpo vivia aquele momento, mas a Alma, essa, leve como uma pluma e sem ninguém dar conta, encontrava-se com o Espírito do Natal e juntos pairavam em cada lugar, revisitavam cada pessoa, viviam de novo cada instante…
Cristina Santos
O site da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), na área de apoio ao utente, responde a algumas perguntas que podem surgir frequentemente no momento de procurar um psicólogo.
Aconselhamos a leitura atenta de todas elas, de valor incalculável para esclarecer de forma rigorosa, objetiva e credível todas as dúvidas que possam surgir no processo de consultar um profissional de saúde desta área.
De qualquer modo, duas destas questões e respetivas respostas parecem-nos tão pertinentes, que decidimos replicá-las aqui no nosso blogue:
1). “Como posso ter a certeza que uma pessoa é mesmo psicólogo(a)? Para o exercício da psicologia, em Portugal, é obrigatório o(a) psicólogo(a) estar inscrito(a) na Ordem dos Psicólogos Portugueses e possuir Cédula Profissional. A cédula é um documento com elementos únicos e intransmissíveis, que identificam o(a) profissional, nomeadamente: número de cédula, nome completo e nome profissional.”
Comentário Sintricare: Como constatam é fácil não nos deixarmos enganar. Se algum profissional da área da psicologia parecer suspeito, basta solicitar a Cédula Profissional, caso não esteja exposta no consultório. Se mesmo confirmando os dados contantes neste documento ainda restem incertezas, sugerimos que copie o número da cédula e entre em contacto com a Ordem dos Psicólogos Portugueses, de modo a assegurar que o psicólogo(a) está realmente aí inscrito.
1). “Existem psicólogos especializados em problemas de crianças? Sim. Existem psicólogos que estão vocacionados para o acompanhamento de crianças e das suas problemáticas específicas, entre outros: hiperactividade, dificuldades com o sono, dificuldades de aprendizagem.”
Comentário Sintricare: O passo fundamental para qualquer processo de cura é encontrar o caminho que melhor se adapte à especificidade de cada um e tal não é exceção com as crianças. Além de existirem psicólogos com especialização nas problemáticas comuns aos mais novos, ainda há clínicas, como a Sintricare, totalmente dedicadas à promoção do bem-estar psicológico das crianças, jovens e suas famílias. Aliás, a responsável técnica da Sintricare, Cristina Santos, é psicóloga educacional e reconhecida pela OPP como especialista em psicologia clínica e psicoterapeuta.
Acreditamos que é muito importante trazer este tipo de informação a público, dando ferramentas às pessoas para que saibam escolher um psicólogo em segurança e tranquilidade, dignificando todos os profissionais de saúde desta área.
Por isso, percam uns minutos e leiam com atenção as restantes perguntas e respostas da área de apoio ao utente da Ordem dos Psicólogos Portugueses.
Sintricare
Tem a certeza que vai de férias ou continua em modo de trabalho mas no formato mais cool?
Esta época pode proporcionar-nos momentos fabulosos de relaxamento e descanso, fundamentais para ganhar equilíbrio para o ano que se segue.
Se leva crianças, tente conseguir alguns momentos para si pois a sua disponibilidade será outra para elas!
De acordo com o gosto de cada um, temos que saber usufruir:
– Se for no campo ou na serra, não faltam os sons da natureza, a partilha de um piquenique, uma sesta no fresquinho das árvores, uma caminhada… respire fundo e absorva a paz desse lugar!
– Se for na praia, mesmo que seja num lugar mais frequentado… observe o ritmo do mar e a sua imensidão, caminhe com determinação na areia, sinta a textura e a temperatura, coloque um objetivo a alcançar na sua vida! Refresque-se e liberte-se!
– Se for em viagem, tire fotos, passeie, caminhe, explore… mas não se esqueça de acordar os 5 sentidos para que mais tarde possa recordar através de um cheiro, de um sabor, de uma imagem …
– Se ficar em casa, altere a rotina, permita-se ver um bom filme, fazer jogos, descansar, ouvir música, conviver com amigos, dar passeios… todas aquelas atividades que lhe deem prazer e que não consegue fazê-las em tempo de trabalho…
As crianças ficam felizes quando sentem que os pais estão felizes verdadeiramente!
Não façam das vossas férias mais uma correria constante!
Respeitem os ritmos, parem, usufruam, respirem… vivam o momento!
As crianças e jovens agradecem!
Cristina Santos
Há anos que os cientistas acreditam que a felicidade pode ter um real efeito positivo na saúde física, mas um novo artigo, publicado no jornal Applied Psychology: Health and Well-Being Scientists e divulgado na Time, reforça esta ideia de uma forma mais evidente.
Com referência a mais de 20 textos científicos e evidências resultantes de cerca de 150 estudos individuais, os investigadores analisaram profundamente os efeitos do subjective well-being – uma medida de como as pessoas avaliam as suas próprias vidas – em várias aspetos da saúde física.
Segundo o autor principal, Edward Diener, professor de psicologia social da University de Utah, tais estudos permitiram confirmar, quase sem sombra de dúvidas, que a felicidade influencia realmente a saúde. Os investigadores apontam algumas teorias para explicar como isto acontece na prática.
Antes de mais, pessoas felizes tendem a cuidar melhor de si próprias e a escolher hábitos saudáveis, como fazer exercício físico, comer ou dormir bem. Depois, o estudo evidencia que a felicidade tem influência positiva no sistema cardiovascular e imunológico, influencia hormonas, diminui inflamações e acelera o processo de cicatrização. Segundo concluiram, é também possível que uma boa saúde possa levar a um melhor estado emocional.
Apesar de estarem conscientes de que a felicidade pode ser influenciada por fatores subjetivos, não mensuráveis numa pesquisa científica, no geral, os autores afirmam que há evidências suficientemente fortes para afirmar que o subjective well-being influencia a saúde e a longevidade, pelo menos, em alguns momentos.
Para eles, a questão agora é perceber o porquê da felicidade estar ligada à saúde para algumas pessoas e não para outras.
O artigo completo, publicado no jornal Applied Psychology: Health and Well-Being Scientists, para ler em http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/aphw.12090/full.
“Adoro o que faço, porque é parte integrante de mim”
Cristina Santos é a diretora técnica e co-fundadora da Sintricare, a Clínica de Psicologia e Psicoterapia que, desde 2000, sempre na mesma rua de Sintra, se dedicada à promoção do bem-estar psicológico das crianças, jovens e suas famílias.
É Psicóloga, com especialização na área da Educação e Orientação Escolar e Profissional, e também psicoterapeuta. De entre os vários serviços disponíveis na Sintricare, é responsável pelas consultas de Orientação Profissional, Psicologia Clínica e Psicoterapia para Crianças e Jovens, Psicologia Educacional e Reabilitação Cognitiva.
Quando é que decidiu ser psicóloga?
Fizeram-me essa mesma pergunta quando estava a frequentar o Curso de Psicologia, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT). Nessa altura tive de refletir sobre o assunto e acho que está na minha natureza. É uma aptidão natural o cuidar do outro, ainda desde os tempos da escola. Já me preocupava com o que faltava ao outro e levava o que era necessário – desde o dinheiro de reserva ao kit de costura. A psicologia surgiu por gostar da área da medicina e já que cuidar, de alguma forma, encaixava em mim.
Por que se especializou na vertente da Educação e Orientação Escolar e Profissional?
Para cuidar e ajudar as crianças a estarem mais protegidas, apesar de não ser um trabalho nada fácil. Entendo-me no mundo das crianças.
Qual a diferença entre a psicologia e a psicoterapia?
A vertente da psicoterapia é muito mais profunda e ligada às emoções do que a psicologia, que também cuida, mas a psicoterapia cuida muito mais. No início da Sintricare, comecei a ter aguma dificuldade em trabalhar a emoção, daí ter completado a minha fomação com a psicoterapia, que trabalha mais o corpo.
Em que altura decidiu fundar em Sintricare?
Logo que acabei o curso, em 2000. Na altura, já se trabalhava muito a área clínica. E como a minha base é a psicologia educacional e gostava de trabalhar com as crianças, enveredei por esta área que, regra geral, é desenvolvida nas escolas. Como é muito difícil entrar e houve muitos anos sem concursos, não quis estar sem pôr em prática o que tinha aprendido. Daí, ter optado por exercer esta vertente que só existe nas escolas, em consultório.
E porquê em Sintra?
Na altura, não havia nenhuma clínica nesta área e, como sempre gostei de Sintra, a escolha foi naturalmente aqui. Aliás, apesar de já ter tido várias localizações, a clínica continua a funcionar na mesma rua.
Qual é o objetivo principal do trabalho desenvolvido na Sintricare?
O centro existe mais no sentido da proteção das crianças do que da prevenção. Quem tem o privilégio de fazer terapia, tem o privilégio de tomar consciência de si. São ferramentas para o resto da vida, porque o trabalho que é feito com as crianças e jovens ao nível da terapia fica neles para sempre.
Ao longo destes 17 anos, a clínica tem sofrido muitas alterações?
Apesar de já ter ido outras valências que deixaram de existir, quer pela crise ou por terapeutas que tomaram outos rumos, a Sintricare tem-me sempre a mim na sua base. É dinâmica, mas nasceu como Clínica de Psicologia, vocacionada para criaças e jovens, e a ideia inical ainda prevalece. Há sempre mudanças, como a Sala de Estudo, que sempre tive ideia de implementar, mas só foi possível o ano letivo passado, graças ao espaço que, atualmente, alberga a clínica.
Quais são as expetativas para os próximos anos?
Gostaria de chegar a mais pessoas e colocar outros projetos em prática com maior dinâmica.
Para si, hoje em dia, qual é a grande dificuldade das crianças e jovens?
São as famílias. De uma forma muito lata, as famílias traduzem a sociedade, que nos está a trazer grandes desafios. A educação de antigamente não é a de agora e os modelos que os nossos pais nos passaram, hoje em dia, já não servem para os nossos filhos. Os pais entre os 35 e 55 anos andam perdidos, com dificuldade em ver o que funciona. Os filhos trazem novos desafios, a escola está desatualizada e hoje têm acesso a tecnologias que evoluem de uma forma alucinante. Nós andamos a encontrar o caminho. Temos dificuldade em ensiná-los, já que muita da educação que damos tem a nossa própria educação como ponto partida. De nada servir, é complicado. Os valores mudam, os pais andam perdidos e as famílias desorganizadas. São os desafios da sociedade em que vivemos, que é muito diferente.
Nesse sentido, como considera que se pode ajudar as famílias?
Individualmente! Cada família é uma necessidade e cada jovem é uma necessidade única e cada dinâmica de cada família é única… Não é possível generalizar. Temos de olhar quase ao miscroscópio para cada pessoa para podermos ajudar efetivamente. É preciso praticar as dicas: mudar hábitos e comportamentos é o mas difícil para o ser humano.
Como se caracteriza?
Sou muito dinâmica, exigente e rápida profissionalmente. Internamente, sou calma, quietinha e capaz de estar muito tempo parada. Dentro de mim, tenho tanta coisa…
O que a faz sentir realizada profissionalmente?
Quando vejo trabalho feito. E isto acontece quando, passado uns anos, me dizem que fez a diferença. Vejo que valeu a pena e dá-me força para continuar. Ajudar os jovens a desinibirem-se, tomarem consciência de si, trabalharem a auto-estima, dar-lhes recursos… Adoro o que faço, porque é parte integrante de mim.
E o que a deixa feliz?
O sorriso, um beijinho, um abraço. Poder fazer isso, faz toda a diferença.
Espetacular apresentação de Helen Fisher, a antropóloga conhecida como sendo a especialista do amor romântico, que se dedica ao estudo das diferenças entre os géneros e a evolução das emoções humanas.
O vídeo termina com a afirmação “o amor está em nós… o nosso desafio é compreendermo-nos uns aos outros”! 😉