Pais e educadores temos que trabalhar para a autonomia dos nossos filhos para que estes ganhem recursos para a sua independência.
É tão simples!!!!
Sugestão:
Podem imprimir para pintar com os filhotes e enquanto isso pense na sua família… as nossas raízes são fundamentais para nos conhecermos melhor!
Visitem o álbum de fotos, façam legendas, recordem e partilhem!
Chegam à sala de espera e olham à volta para fazerem um primeiro reconhecimento. Vir ao psicólogo falar do seu filho não é, por certo e para a maioria dos pais, uma situação confortável.
Quando falam dos filhos, falam de si, falam da sua família e da história de cada um… mesmo que não queiram mexer no baú das memórias… Elas estão implícitas nas atitudes, na perceção que têm da vida e dos problemas, nos vínculos que desenvolvem e na forma como comunicam.
A entrada para o gabinete é mais um passo e acredito que o coração acelera e os pais ficam mais atentos… Esse passo é para dentro do gabinete mas também é para dentro de si…
Por isso é tão importante estar num lugar confortável e seguro. E mais importante ainda é não se sentirem julgados por quem fica do outro lado da cadeira, mas sim, acolhidos nas suas preocupações!
Quando as formalidades, que colocam qualquer um naquela camada mais distante do sentir, vão dando espaço à naturalidade, passando pela manifestação de expressões espontâneas e acabando por vezes a soltarem as mais diversas emoções, os pais chegaram ao lugar que tanto ansiavam: serem compreendidos!
No final da consulta o sentimento deve ser apaziguador e diria também que deve ser de esperança. Nunca esquecendo que o bem-estar dos filhos depende na maioria dos casos do bem-estar dos pais e da harmonia entre o casal!
Os filhos ficam felizes quando os pais estão felizes!
Quantos casais (pais) entraram na autoestrada da vida e já não fazem paragens, não observam, não se sentem?
As crianças/jovens acusam este cansaço demonstrando irritabilidade, agitação, falta de concentração, isolamento… Mau estar!!!
SUGESTÕES (procurem aquelas que vos faça sentido)
Um pequeno-almoço na cama
Um passeio a ver o mar
Um jantar de amigos ou um jantar em casa à luz das velas
Uma escapadela sem os filhos (avós, tios, primos, vizinhos, amigos podem colaborar)
Ver um filme ou ir ao cinema
Simplesmente conversar
Fazer uma visita às recordações (em palavras, em fotografias, em filmagens familiares)
Programarem uma saída de fim-de-semana
04Por pequeno que seja o gesto, acordem o vosso amor!
A responsabilidade é apreendida e interiorizada de forma progressiva.
A partir do momento que a criança começa a ter consciência de si mesma e já consegue agir sobre o meio, é possível começar a ensinar e estimular a responsabilização por algumas tarefas ou atos.
Podemos desde cedo, levá-los pela mão e solicitar a ajuda para que arrume um brinquedo ou que ponha a chucha no armário ou a fralda no caixote do lixo, vendo como se faz através do nosso exemplo e ajuda.
Estas tarefas deverão ser incentivadas de forma positiva e reforçadas com palavras e gestos de apreço sempre que a criança as realize (não deverão ser exigidas).
A criança sentir-se-á valorizada e importante, fortalecendo a sua autoestima ao mesmo tempo que inicia o seu processo de responsabilização.
Estes são factores determinantes e fundamentais para o seu bom desenvolvimento. O nível de exigência deverá ser adequado à fase de desenvolvimento e à compreensão da criança. Encontrar um meio-termo na exigência feita às crianças nem sempre é fácil, mas deverá ser este, o objetivo a atingir.
Verificam-se duas atitudes opostas por parte dos educadores:
Atitudes superprotetoras que não permitem desenvolver a responsabilidade, preferindo executar as tarefas em vez de ensinar e esperar que as saibam fazer, ou, colocarem-se numa situação de escudo, onde a criança não consegue perceber a causa-efeito das suas atitudes. Esta atitude entorpece o desenvolvimento e pode implicar uma dificuldade acrescida na sua adaptação social.
Por outro lado, temos o outro extremo, o excesso de exigência quando a criança ainda não possui capacidade para lhe corresponder. Esta situação, pode implicar insegurança e uma noção de incapacidade para fazer face às novas situações que possam surgir durante o seu processo de desenvolvimento e da vida adulta.
Por tudo isto, os pais devem fazer um esforço acrescido apelando ao bom senso para encontrarmos o tal meio termo que seja facilitador do desenvolvimento da responsabilidade das crianças.
Se por um lado não devemos prolongar um bebé que já cresceu, por outro, não devemos exigir atitudes de um adulto naqueles que, ainda têm pela frente uns quantos anos de aprendizagem para lá chegar.
Então, o que fazer?
– Devemos sempre dar o exemplo, não esquecendo que nós somos o modelo pelo qual as nossas crianças se guiam.
– Ensinar primeiro para que a criança aprenda como fazer.
– Esperar e ser prevalecente naquilo que se pediu à criança. Ter em atenção que a interiorização da informação e a prática por vezes demora algum tempo.
– Ensinar a criança a cuidar e a responder pelas suas coisas, mas também pelas dos outros.
– Ensinar-lhe, conversando, sobre a importância de respeitarmos regras da sociedade, da família e da escola.
– Pedir a sua participação, tendo em conta as suas possibilidades, nas tarefas domésticas.
– Em idade escolar sensibilizar a criança para a sua responsabilidade para com o estudo e para com as suas obrigações escolares, devendo responder perante elas com o seu esforço e dedicação.
– Ensinar-lhe as consequências dos seus atos, quer sejam adequados ou desadequados.
– Valorizar a criança sempre que se mostre responsável e conversar com ela sobre a importância e benefícios da sua atitude.
– É excelente ensinar a criança a refletir e a pensar no porquê das coisas. Utilizar exemplos práticos do dia-a-dia para que possa perceber os efeitos ou consequências e os benefícios ou malefícios de determinados comportamentos.
Que mais se poderá dizer?
Fale de si e da sua experiencia enquanto pessoa e tenha boas e longas conversas de partilha e amor, estas serão sem dúvida todo o alicerce da grande construção que é a educação dos nossos filhos.
Sandra Mendes