Etiqueta: ansiedade

06/08/2020
Como identificar os sintomas de ansiedade?

A Ansiedade pode manifestar-se de várias formas, com maior ou menor intensidade, ao longo do tempo ou em períodos da vida.

Não só os adultos, como também os adolescentes e as crianças podem ser afetados.

Se cuidarmos quando os sintomas ainda são ligeiros, evitamos vivenciar situações mais limitadoras do bem-estar. Fique atento se tem uma ou várias manifestações das seguintes:

• alterações no sono;
• a memória apresenta falhas;
• tem pensamentos em excesso e preocupa-se em demasia;
• o coração tem batimentos acelerados;
• tem dores cabeça;
• não consegue ficar concentrado;
• está mais agitado;
• procrastinar;
• falta de ar;
• aperto na garganta;
• transpira das mãos e dos pés;
• transpira em excesso sem esforços;
• fragilidade no aparelho digestivo;
• tonturas;
• ataque de pânico.

Não hesite em pedir ajuda de um profissional e seja responsável pela sua saúde e pela da sua família!

Cristina Santos

Psicóloga e Diretora Técnica da Sintricare

29/08/2016

Todas as nossas emoções e sensações têm um objectivo e uma funcionalidade. Se pensarmos na raiva (não na raiva cega), ela pode ser o motor que nos leva a fazer algo, que nos impele ao movimento. A tristeza permite a expressão de algo difícil e a sua mobilização para fora de nós, e a ansiedade e o medo também tem funções muito importantes.

Ao longo do tempo fomos afastando a ideia de que o ser humano é um animal e como tal, cortámos com a percepção daquilo que não é racional e renegamos o que é entendido como impulsos, intuições ou sensações primitivas. Mas somos animais, e o que me tem ajudado muito a perceber o corpo humano, é ter esta informação bem presente.

Vamos imaginar uma gazela. Esta gazela está na savana a comer a sua ervinha de uma forma tranquila mas presente, ou seja, está alerta ao que a rodeia. O seu batimento cardíaco é normal e é o sistema para-simpático que está a trabalhar. Repentinamente surge uma ameaça, há um leão por perto. A gazela dispara, o batimento cardíaco sobe e é o sistema simpático que toma a dianteira, promovendo a reacção de fuga. Quando a ameaça desaparece, assim desaparece o medo e a ansiedade, o batimento cardíaco diminui e a gazela volta calmamente ao seu pasto. Este é o movimento natural entre ficar ansioso e relaxar. O medo e ansiedade têm então esta funcionalidade: manter o alerta para potenciais ameaças e reagir perante elas.

Então qual a ligação para o homem? O grande problema do homem permanentemente ansioso é que não consegue parar de correr a fugir de um leão que só existe na sua cabeça. Há um botão que está sempre ou quase sempre ligado (consciente ou inconscientemente) e que o faz estar ansioso: com um batimento cardíaco mais acelerado, dores de barriga e, em casos mais graves, uma inabilidade tremenda em funcionar.

Texto de Ana Caeiro, Psicoterapeuta Corporal em Biossíntese
(ana.caeiro@mail.com)
Foto: Milada Vigerova, unsplash.com