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28/06/2016

Venham conhecer pessoalmente o espaço da Sintricare – Estamos à vossa espera!

06/04/2016

5 Ingredientes para uma criança feliz

Não é preciso muito para fazer uma criança feliz: o Dr. Mário Cordeiro fala-nos em 5 ingredientes muito especiais. Se gostarem, estão à vontade para partilhar. :)Podem visitar http://pumpkin.pt/familia/o-melhor-da-vida-em-familia/as-16-inspiracoes-para-criancas-e-familias-felizes para descobrir o nosso mini-guia para crianças e famílias felizes, onde encontram este e outros artigos.

Publicado por Pumpkin.pt em Quarta, 6 de abril de 2016

“Não é preciso muito para fazer uma criança feliz: o Dr. Mário Cordeiro fala-nos em 5 ingredientes muito especiais. Se gostarem, estão à vontade para partilhar. :)”

01/04/2016

De todas as convicções e ideias a mais importante é a imagem que desenvolvemos e temos de nós próprios, uma vez que dela depende em grande parte a capacidade de nos realizarmos e sermos felizes.

Na atualidade o valor pessoal é medido tendo em conta os êxitos materiais ou profissionais, o que nos leva por vezes, a procurar desesperadamente o sucesso, quer nosso, enquanto adultos, quer dos nossos filhos. Claro está, que não temos que ter necessariamente um olhar totalmente desaprovador quanto ao ponto de querermos dar o nosso melhor ou de incentivarmos os nossos filhos, a que também eles, se empenhem e sejam responsáveis no sentido de darem o seu melhor.

O problema surge, quando se procura o reconhecimento do exterior, sem por vezes termos a noção a que custo. A questão deve ser colocada precisamente ao contrário: o valor de um indivíduo como ser humano é a base e também o ponto de partida para obter o êxito pessoal.

Desta forma, há que tentar que as crianças tenham logo desde os primeiros anos, uma imagem positiva de si mesmas, que as ajude a sentirem-se fortes e seguras, por forma a serem capazes de assumir riscos sem medo, aceitando que por vezes perder faz parte do jogo e da aprendizagem na vida.

Um dos elementos fundamentais para que a criança se sinta única e valiosa é o facto de se sentir amada e saber, além disso, que esse amor é incondicional e, portanto, independente do que ela venha a fazer, ser, ou, obter no futuro. Desta forma, o amor que é dado aos filhos nunca é de mais.

É importante as mostras de amor e de afeto, quer através de gestos e ações, quer transmitindo-lhes verbalmente o carinho que se sente por eles, as suas virtudes, as suas ações positivas, não se focando somente nos seus sucessos ou insucessos escolares, pois as nossas crianças são muito mais para além das notas escolares. Aproveite todos os momentos para valorizar seu filho, só assim crescerá capaz de se valorizar, confiando em si mesmo e sentindo-se mais seguro para enfrentar os problemas e conseguir tudo aquilo a que se dispor.

Sandra Mendes

01/07/2015

O momento de contar uma história ao seu filho pode proporcionar grandes ganhos quer para a vossa relação afetiva, quer para o desenvolvimento verbal, emocional e psicológico da criança.

Uma história é um instrumento valioso, pleno de sensações, sentimentos, valores e ideias com uma bagagem emocional indispensável ao desenvolvimento intelectual.

Experimente algumas das seguintes dicas e disfrute de bons momentos em família:

1. Descubra quais as histórias que o seu filho mais gosta e respeite os seus gostos. Poderão numa loja de livros/ biblioteca descobrir o que mais lhe agrada.

2. Tente que a linguagem utilizada seja compreensiva.

3. Acompanhe a narração com mostras de surpresa; através da voz é possível transmitir sensações de alegria, de um certo temor, de expectativa, etc. Estas variações irão cativar a sua atenção e demonstra-lhes a nossa imersão na história, o que é diferente de uma leitura mecanizada.

4. Crie o hábito de contar uma história todos os dias. Existem vários momentos em que o poderão fazer, no entanto, uma história à hora do deitar poderá ser um bom momento relaxante.

5. Pode ir variando entre histórias de livros, ou da sua imaginação.

6. Pode utilizar objetos para enriquecer e variar uma história (por exemplo: uma bola que fala, um fantoche, etc.) ou ir acompanhando a história com sons que enriqueçam o que está a acontecer, sejam estas feitas através da voz, ou de livros/ brinquedos que têm já alguns sons para explorar (por exemplo: o som do vento, o som do cão, etc.)

7. Conte histórias adequadas à fase de desenvolvimento do seu filho. Não deverá ser de difícil compreensão, nem extremamente simples. Se tiver dificuldade em escolher os livros adequados, conte com a ajuda das educadoras ou professoras da sala do seu filho.

8. Deixe a criança observar as imagens do livro, enquanto lê a história.

9. Por vezes, poderá fazer algumas perguntas acerca do que está a acontecer na história, assegurando-se que está a ser compreendida.

10. Com as crianças que já iniciaram a aprendizagem da leitura e escrita, poderá combinar intercalar a leitura, enquanto o pai/ mãe lê uma página, o filho lê umas palavras, ou frases, dependendo do nível de leitura da criança.

11. Aproveite o momento da história e partilhem muitos momentos de boa disposição e cumplicidade.

“A história é o presente mais barato e precioso que os pais podem oferecer aos seus filhos”. (Alessandra Giordano)

Sandra Mendes

01/06/2015

A criança quando nasce começa por receber todas as influências do meio social onde se insere e aí se integra e assimila atitudes, valores e normas de conduta e desenvolve uma relação afectiva com a sua família com a qual se irá identificar, servindo como o eixo principal do seu desenvolvimento.

Mas é indiscutível que a criança também deve conviver com outras pessoas, o que conduzirá à sua diferenciação e ao desenvolvimento da própria identidade, contribuindo para a aquisição de autonomia e maturidade.

A escola permite assim, dar continuidade e ajudar no processo iniciado na família, permitindo na prática a transmissão de valores importantíssimos, como: cooperação, responsabilização, esforço, sentido de responsabilidade, partilha e outros.

No entanto, o início da escola não é vivenciado por todas as crianças da mesma forma e depende de muitos factores, que podem originar, por vezes, alguns problemas na adaptação, como: choro, tristeza, nervosismo e negação em ir para a escola. Estas alterações que normalmente passam ao fim de algumas semanas, não deixam de ser incomodativas, o que leva frequentemente à preocupação, amargura ou até mesmo ao sentimento de culpa dos pais.

O que fazer então, para ajudar o seu filho a ficar feliz na escola? Ficam aqui algumas estratégias e ideias que poderão pôr em prática:

– Mostrar a escola à criança, apresentando-lhe o espaço, a educadora/professora e todas as pessoas com que irá ficar.

– Os pais deverão tomar conhecimento de como funciona o contexto onde a criança vai ficar, para que possam confiar e transmitir essa confiança ao seu filho.

– Reforce frequentemente a importância de frequentar a escola e como ela ajudará a ser como o pai e a mãe.

– Ler livros sobre a escola, também ajudará a criança a contactar com essa realidade e com a sua importância.

– Falar com o seu filho de como é estar na escola, de forma realista mas também sem exagerar, facilita uma maior tomada de consciência para que não tenha medo de enfrentar algo novo e que lhe poderá parecer, não ser capaz de ultrapassar.

– Despeça-se sempre da criança, mesmo sabendo que isso a poderá fazer chorar. Por vezes para diminuir a nossa angústia, temos tendência, a aproveitar momentos em que a criança está distraída, para, ir embora, no entanto, para a criança essa ausência torna-se mais dolorosa, podendo originar insegurança e falta de confiança.

– Quando se despedir da criança na escola, não se prolongue demasiado tempo. Poderão ter um “cumprimento especial” para a despedida e para a chegada, como um abraço apertado, ou um aperto de mão, cheio de sinais engraçados e coreografados, que a criança saberá, que sinaliza ue se vai embora e que chegou. O ficar demasiado tempo na escola de manhã e o ceder a constantes pedidos para que fique mais um pouco, só faz com que a criança fique mais ansiosa, tentando aumentar o tempo que os pais ficarão na escola. Combine previamente que após o cumprimento tem mesmo que ir embora, mas que mais logo voltará e cheio de saudades!

– Falar diariamente de tudo o que de positivo se passou na escola, assim como dos colegas e professores, valorizando características positivas, como por exemplo: “Que bom … a tua educadora/professora é mesmo tua amiga…”; “Tens imensos colegas simpáticos…”, “a tua escola é muito agradável…”, “Que feliz que eu estou com o que tu já aprendeste!”, etc.

– Se o seu filho continuar, mesmo após algumas semanas, a resistir a ficar na escola, tente identificar qual a razão. Poderá, para isso, contar com a ajuda dos professores, ou de um técnico, se for caso disso, para que se consigam encontrar estratégias de resolução adequadas.

– Nunca utilize a escola como uma ameaça, para que se porte de determinada maneira ou para que faça algo, como por exemplo “Se não te portares bem, vais para a escola!”.

Sandra Mendes

01/05/2015

Chegou para mais uma consulta, onde já só vinha de mês a mês, com os seus caracóis desalinhados e volumosos, enfeitados com uma fita que tinha como objectivo destapar a sua carinha redonda e olhos expressivos. Com a sua vivacidade de criança de 8 anos dizia-me:

-Sabes que agora os meus pais estão mais “namorosos”?

As crianças têm esta capacidade de criar, aglutinando palavras de acordo com o seu sentir! A intensidade estava impregnada no vocábulo e eu sei que também estava a sua satisfação e o prazer em poder descrever a relação dos pais desta forma…

O sofrimento dos filhos é enorme quando percebem, ouvem ou sentem, que os seus pais discutiram… ou, que se magoaram de alguma forma… ou, quando assistem à indiferença… ao desprezo… ao silêncio… ao receio… isto, para não abordar as situações limite…

Quanto mais tempo se fica sujeito ao ambiente onde a desarmonia impera, mais marcas vão ficando… pois, enquanto se é criança, as estruturas ainda apresentam maleabilidade e por conseguinte estão mais susceptíveis de absorver o meio sem o peneirar.

Se nos permitirmos visitar alguns lugares onde estivemos enquanto crianças, vamos encontrar vários episódios, que nos trazem a sensação de impotência, face a um acontecimento. Tudo, porque éramos pequenos no mundo de adultos. Ao ler esta frase decerto que já alguns momentos surgiram na sua memória, pois, estes ficam registados e têm grande influência naquilo que somos, e até, na forma como nos relacionamos com os outros ao longo da vida. Será sempre tempo de mudar, de reconstruir, de melhorar…

Mergulhe no mundo das crianças e oiça o seu coração:
Eu percebo e por vezes até sinto, o movimento, a agitação, a quietude, os barulhos… algo se passa e devo ficar mais atento, os meus sentidos estão todos em alerta… estou a ficar…“.

O desconhecido desencadeia medo, insegurança… O não saber o que se passa origina um quadro de maior ansiedade. Explique ao nível da criança o que se está a passar.

“Tudo era perfeito dentro do meu castelo, pelo menos era como me transmitiam… nas atitudes e nos comportamentos e de repente… não percebi o que se passou, o meu castelo… desmoronou-se”.

É mais fácil integrar uma separação entre os pais, se a criança for percebendo que foi algo progressivo no tempo, em vez de surgir como uma surpresa. Não tem necessariamente que haver discussões, mas a criança deve saber que existe algum desconforto.

“Lá no meu castelo vive… bem… não sei bem se vive… bem…, já nem sei onde vivo”.

Existem situações de separação que, ou não são assumidas, ou, são assumidas com pouca clareza. As crianças para construírem o seu eu equilibrado precisam da verdade, de ritmos, de consistência, de organização, de segurança. Estas situações continuadas no tempo desorganizam em termos psicológicos.

“Por vezes, quando me levanto sinto-me agitado, esquisito, não sei o que tenho…”.

Muitos casais optam por discutir depois das crianças/jovens estarem a dormir para que não oiçam… só que enquanto se dorme o cérebro continua a registar tudo à volta e sem filtro!

“Hoje senti a minha mãe triste e o meu pai com cara de poucos amigos… perguntei-lhes o que se passava e responderam-me: nada!!! A minha mãe diz sempre que não tem nada, ou então que está cansada, só isso! Mesmo quando a vejo com lágrimas nos olhos! O meu pai diz que tem sono e dores de cabeça, mas fica cá com uma cara que eu até tenho medo! Estou a ficar baralhado!”.

Para que as crianças possam entender as emoções, os pais devem expressar o que sentem e explicar, sempre que possível, porque estão tristes, alegres, preocupados, zangados, com medo… existem crianças que se mostram zangadas, mas estão é com medo, outras que estão tristes, e dizem que têm sono, e ainda outras, que adoecem, porque não sabem como se expressar…

Se se identificou com algumas destas situações e dentro do que for possível, no seu ritmo… as mudanças podem acontecer!!!

“Temos que nos tornar na mudança que queremos ver”, Mahatma Gandhi.

Cristina Santos

01/03/2015

A curiosidade é uma necessidade vital. É o motor que empurra o desejo de saber, de aprender e de investigar.

As crianças interessam-se pelas coisas e por vezes inundam-nos de perguntas, é importante escutá-las e ajudar a que encontrem os meios para que possam encontrar as respostas às suas interrogações.

A curiosidade anda a par com a observação. Um dos problemas que cada vez mais nos confrontamos com as crianças desta geração é que fazem pouco o exercício de observação, fazem tudo à pressa, têm dificuldade em se concentrar na maioria das tarefas e em ouvir.

A pressa é um elemento que está presente no ritmo de vida atual e que entorpece e bloqueia o pensamento. Em geral reserva-se pouco tempo para observar, olhar, pensar com detenção para as coisas que se encontram à nossa volta. Não contactamos connosco próprios, corremos para um sem fim de coisas! Proporcionamos aos nossos filhos um conjunto de meios que vêm construídos e pensados para cativarem a sua atenção, sem sabermos bem a que custo.

É urgente estimular a capacidade de observação das nossas crianças, ajudá-las a despertar a sua curiosidade, preparando assim o caminho para a criatividade e para um desenvolvimento mais equilibrado.

Ficam aqui algumas ideias, no entanto, se quiserem podem também colaborar para que possamos aumentar esta lista. Aguardamos as vossas sugestões:

– Ler, ler e ler. Mesmo que a criança já saiba ler, não devemos deixar de lhe contar histórias. Esta é uma atividade fundamental para o desenvolvimento da criatividade e da atenção.

– Falar, falar, falar. Partilharem em família como foi o dia, o que mais e o que menos gostaram.

– Cozinharem juntos. Falando da origem dos ingredientes, para os mais crescidos que tal fazer uma pesquisa acerca de determinado ingrediente?

– Diminuir o tempo diário de atividades como televisão e consola, para dedicar a atividades como jogos de construção, plasticinas, colagens, fazer um álbum de recordações, colher flores e secá-las, ajudar nas tarefas de casa, etc.

– Os pais poderão partilhar realidades de antigamente. Como era a sua família? E a escola? E os professores? E os brinquedos?

– Pintarem juntos, num grande papel serem livres, sem terem que seguir regras.

– Um serão musical, deitarem-se no chão, ouvirem música.

– Durante cinco minutos vamos ouvir o silêncio.

– Vamos não fazer nada, vamos só pensar!

01/02/2015

A responsabilidade é apreendida e interiorizada de forma progressiva.

A partir do momento que a criança começa a ter consciência de si mesma e já consegue agir sobre o meio, é possível começar a ensinar e estimular a responsabilização por algumas tarefas ou atos.

Podemos desde cedo, levá-los pela mão e solicitar a ajuda para que arrume um brinquedo ou que ponha a chucha no armário ou a fralda no caixote do lixo, vendo como se faz através do nosso exemplo e ajuda.

Estas tarefas deverão ser incentivadas de forma positiva e reforçadas com palavras e gestos de apreço sempre que a criança as realize (não deverão ser exigidas).

A criança sentir-se-á valorizada e importante, fortalecendo a sua autoestima ao mesmo tempo que inicia o seu processo de responsabilização.

Estes são factores determinantes e fundamentais para o seu bom desenvolvimento. O nível de exigência deverá ser adequado à fase de desenvolvimento e à compreensão da criança. Encontrar um meio-termo na exigência feita às crianças nem sempre é fácil, mas deverá ser este, o objetivo a atingir.

Verificam-se duas atitudes opostas por parte dos educadores:

Atitudes superprotetoras que não permitem desenvolver a responsabilidade, preferindo executar as tarefas em vez de ensinar e esperar que as saibam fazer, ou, colocarem-se numa situação de escudo, onde a criança não consegue perceber a causa-efeito das suas atitudes. Esta atitude entorpece o desenvolvimento e pode implicar uma dificuldade acrescida na sua adaptação social.

Por outro lado, temos o outro extremo, o excesso de exigência quando a criança ainda não possui capacidade para lhe corresponder. Esta situação, pode implicar insegurança e uma noção de incapacidade para fazer face às novas situações que possam surgir durante o seu processo de desenvolvimento e da vida adulta.

Por tudo isto, os pais devem fazer um esforço acrescido apelando ao bom senso para encontrarmos o tal meio termo que seja facilitador do desenvolvimento da responsabilidade das crianças.

Se por um lado não devemos prolongar um bebé que já cresceu, por outro, não devemos exigir atitudes de um adulto naqueles que, ainda têm pela frente uns quantos anos de aprendizagem para lá chegar.

Então, o que fazer?
– Devemos sempre dar o exemplo, não esquecendo que nós somos o modelo pelo qual as nossas crianças se guiam.

– Ensinar primeiro para que a criança aprenda como fazer.

– Esperar e ser prevalecente naquilo que se pediu à criança. Ter em atenção que a interiorização da informação e a prática por vezes demora algum tempo.

– Ensinar a criança a cuidar e a responder pelas suas coisas, mas também pelas dos outros.

– Ensinar-lhe, conversando, sobre a importância de respeitarmos regras da sociedade, da família e da escola.

– Pedir a sua participação, tendo em conta as suas possibilidades, nas tarefas domésticas.

– Em idade escolar sensibilizar a criança para a sua responsabilidade para com o estudo e para com as suas obrigações escolares, devendo responder perante elas com o seu esforço e dedicação.

– Ensinar-lhe as consequências dos seus atos, quer sejam adequados ou desadequados.

– Valorizar a criança sempre que se mostre responsável e conversar com ela sobre a importância e benefícios da sua atitude.

– É excelente ensinar a criança a refletir e a pensar no porquê das coisas. Utilizar exemplos práticos do dia-a-dia para que possa perceber os efeitos ou consequências e os benefícios ou malefícios de determinados comportamentos.

Que mais se poderá dizer?

Fale de si e da sua experiencia enquanto pessoa e tenha boas e longas conversas de partilha e amor, estas serão sem dúvida todo o alicerce da grande construção que é a educação dos nossos filhos.

Sandra Mendes

01/01/2015

Hoje pela manhã, espreitei o céu e pairavam no ar, livremente, uns pássaros.

Deitado em cima da minha cama estava o Tomás de 8 anos, e eu para não perder uma oportunidade de o ensinar, perguntei-lhe: sabes como se chamam aqueles pássaros? E ele espreitou e ainda ensonado, disse: – são pretos e têm um biquinho laranja? … são melros!

Pois são, disse eu!

E eu voltei a perguntar: e se fossem todos pretos? Como se chamavam?

E este diálogo poderia continuar sem parar, mas o Tomás já não me respondeu… quando olhei… já tinha saltado da cama e estava a brincar com uns bonecos que ganham vida nas suas mãos… no seu mundo de fantasia, onde todos os pássaros, independentemente, do seu nome, têm lugar…

Ser criança é viver entre a fantasia e a realidade, onde os dois mundos são a integração do seu ser, do seu pensar, da sua história… onde elabora o que se passa nas suas vivências e nos seus desejos.

Um dia, um pai perguntou-me, falando da sua filha de 6 anos: – acha normal, ela querer ser princesa, neste mundo tão competitivo? Ela tem que desejar ser médica ou…

Para que as crianças possam crescer saudáveis e um dia serem adultos equilibrados, é fundamental brincarem e incorporarem as suas fantasias, para que aos poucos se possam ir adequando ao mundo.

Brincar é primordial e é o alicerce, até que aos poucos a fantasia vai dando lugar à realidade, aos sonhos e aos objectivos que queremos alcançar.

Ficam algumas ideias para brincarem com as crianças à vossa volta.

Actividades ao ar livre:
– andar de bicicleta
– trotineta
– patins
– jogar à bola
– fazer corridas
– lançar papagaios de papel…

Quando um adulto brinca está a cuidar da sua criança interior… observe-se e sinta-se… olhe para a alegria que as crianças mostram quando brincam!!!

“Tenho em mim todos os sonhos do mundo”, disse Fernando Pessoa.

Cristina Santos